Defesa de Chang acusa MP de inviabilizar pedido de extradição de Moçambique
Os advogados de Manuel Chang acabam de apresentar os seus argumentos sobre a matéria de análise está segunda-feira. A defesa reconhece que há procedimentos já estabelecidos sobre os passos que devem ser seguidos para a extradição, mas considera que é preciso olhar para o contexto e o facto de Manuel Chang já ter referido que a sua preferência é ser extraditado para Moçambique.
E já que a preferência de Chang não foi tida em conta pela justiça, os advogados saem em ataque: “passam seis semanas desde que o pedido de extradição de Moçambique chegou às mãos do Ministério Público mas ainda não foi entregue a um juiz, o que demonstra que o Estado está a fazer de tudo para que o pedido de Maputo não seja analisado”, disse Willie Vermeleun.
Mas ao mesmo tempo, os advogados recuam ao argumento segundo o qual “os dois pedidos devem ser analisados pelo mesmo juiz”. “Acrescenta que está completamente errado que o Ministro não pode tomar posição sobre a extradição antes da decisão do Tribunal” afirmou.
Sobre a suposta inviabilização do pedido de Maputo, o procurador recorda que o pedido dos EUA foi o primeiro a ser recebido e o arguido foi preso devido a um mandato de captura emitido pela justiça americana.
Opais